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Curso de DIREITO 2006/2007 - Universidade Internacional


Exames
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Economia Politica

Economia

Definições

A economia é o estudo de como as pessoas e as sociedades acabam por escolher, com ou sem utilização da moeda, a aplicação de recursos escassos, que podem ter usos alternativos, para produzir variados bens e distribuir esses bens para consumo, actual ou futuro, entre as várias pessoas ou grupos sociais

A economia analisa os custos e os benefícios resultantes do aperfeiçoamento dos modelos de repartição de recursos.

A economia analisa as tendências dos preços, da produção, do desemprego e do comércio externo.

A economia é o estudo do comércio entre países. Ajuda a explicar porque os países exportam uns bens e importam outros, analisando o efeito da imposição de barreiras económicas nas fronteiras nacionais.

A economia é o estudo do dinheiro, da banca, do capital e da riqueza.

A economia estuda como os indivíduos decidem usar os recursos produtivos escassos ou limitados (trabalho, equipamentos, conhecimento tecnológico), para produzir diversas mercadorias (cereais, casacos, etc.) e distribuir esses bens para consumo.

Macro-Economia

- Estuda o funcionamento da economia como um todo
- Examina como são determinados o nível e o crescimento do produto
- Analisa a inflação e o desemprego
- Indaga a oferta total da moeda e investiga a razão porque certos países prosperam enquanto outros estagnam

Micro-Economia

- Estuda o comportamento das indústrias, das empresas e das famílias
- Estuda como são fixados os preços (da terra, do trabalho, do capital ou seja dos factores da produção “Inputs”)
- Analisa as forças e fraquezas do mecanismo do mercado

Lei da Escassez

A escassez é um facto central na economia de só existir um montante finito de recursos humanos e não-humanos que a melhor tecnologia é capaz de utilizar de modo a produzir-se um montante máximo limitado de cada bem económico.

A lei da escassez diz que os bens são escassos porque não há recursos suficientes para produzir todos os bens que as pessoas desejam consumir. Porque os recursos são limitados, temos que estudar como a sociedade escolhe no menu de bens e serviços, como as diferentes mercadorias são produzidas e lhes é atribuído um preço e quem consegue consumir os bens que a sociedade produz.

Tipos de Economias
Economia Dirigida (Exemplo: URSS)

O Governo toma todas as decisões acerca da produção e da repartição. Pode possuir uma parte importante dos meios de produção (terra e capital). Possui e dirige actividade das empresas na maior parte dos ramos de actividade. Decide como a produção da sociedade deve ser subsidiada entre os diversos bens e serviços.

Economia de Mercado (Exemplo: USA)

Os indivíduos e as empresas privadas tomam as decisões acerca da produção e do consumo. Um sistema de preços, de mercado, de lucros e de prejuízo, de incentivos e recompensas determinam O QUÊ, COMO e PARA QUEM.
- As empresas produzem as mercadorias que geram elevados lucros (O QUÊ)
- Com técnicas de produção que são as menos dispendiosas (O COMO)
- O consumo é determinado pelas decisões individuais sobre como despender os salários gerados pelo trabalho (O PARA QUEM)

Economia Mista (Exemplo: Europa)

As regras das economias de mercado e dirigidas misturam-se.

Eficiência

Significa ausência de desperdício, os recursos da economia são utilizados tão bem quanto é possível para satisfazer as necessidades e desejos dos indivíduos.

Custo de Oportunidade

Tomar uma decisão num mundo de escassez obriga-nos a prescindir de alguma coisa, custa-nos de facto a oportunidade de fazer outra coisa. O valor do bem ou serviço de que se prescinde é designado por custo de oportunidade.

Comércio, Dinheiro e Capital

Numa economia industrial avançada encontramos sempre três aspectos distintos: Comércio, Dinheiro e Capital.

Comércio: Permite a troca de bens entre indivíduos e países.
Dinheiro: Proporciona a medida do valor económico das coisas. A sua gestão inadequada pelos bancos centrais pode levar à inflação ou depressão.
Capital: Os bens do capital potenciam o poder do trabalho humano, tornando-o num factor de produção muito mais eficiente. (Exemplo: Computadores)

Elementos Fundamentais da Oferta e da Procura

Mecanismo de Mercado

Com as mudanças dos gostos das pessoas e com o desenvolvimento de novas tecnologias, os mercados registam essas alterações nos preços e nas quantidades dos factores produtivos e das produções

Através da variação dos preços e dos lucros, o mecanismo dos preços indica as modificações nos gostos, na tecnologia e na estrutura do comércio e, dessa forma, efectua o racionamento dos recursos disponíveis pelas utilizações alternativas.

A função da Procura

Existe uma relação definida entre o preço do mercado de um bem e a quantidade procurada desse bem, mantendo-se a restante constante. Esta relação entre o preço e a quantidade conseguida é designada de função da procura ou curva da procura

Lei da procura decrescente

Quando o preço de uma mercadoria aumenta (mantendo-se o restante constante), os compradores tendem a consumir menos dessa mercadoria. De forma similar, quando o preço baixa, mantendo-se o restante constante, aumenta a quantidade procurada.

A quantidade procurada tende a diminuir com o aumento dos preços por:
- Efeito substituição: substituído por bens similares
- Efeito rendimento: compra-se menos porque diminui o poder de compra

A função da Oferta

A função da oferta (e a curva da oferta) de um bem mostra a relação entre o seu preço de mercado e a quantidade dessa mercadoria que os produtores estão dispostos a produzir e a vender mantendo-se a restante constante.

Elasticidade da Procura e da Oferta

Elasticidade preço da procura

A lei da procura diz-nos que a quantidade procurada tende a variar inversamente ao preço. Se desejarmos saber qual a variação da quantidade procurada em resposta a uma variação de preço utilizamos a “elasticidade preço da procura” (ou simplesmente “elasticidade preço”) que quantifica a variação da quantidade procurada de um bem quando varia o seu preço.

A “elasticidade preço da procura” é a sensibilidade da quantidade procurada de um bem às variações do preço do bem, mantendo-se o restante constante.

ED = - (variação percentual na quantidade procurada/ variação percentual no preço)

Procura Elástica (em relação ao preço) -> variação quantidade > variação preço
Quando a uma variação de 1% no preço corresponde uma variação superior a 1% na quantidade procurada (ED > 1)

Procura Rígida (em relação ao preço) -> variação quantidade < variação preço
Quando a uma variação de 1% no preço corresponde uma variação inferior a 1% na quantidade procurada (ED < 1)

Procura Unitária (ED = 1)

Medição do Produto e do Rendimento Nacionais

Produto Nacional Bruto (PNB)

É igual à soma dos valores monetários de todos os bens de consumo e investimento, das compras do estado e das exportações líquidas para outros países.

Medição do Produto

Numa economia exercem-se três tipos de actividades
- Produção
- Despesa (bens e serviços produzidos)
- Distribuição do rendimento

A medição do produto tem pois três ópticas de medição.

Produção

PIB (Produto Interno Bruto) é o valor dos “bens e serviços finais” líquidos da sua componente importada, produzidos num país. Bens e serviços finais são aqueles que se destinam a ser consumidos, investidos ou exportados e não a ser consumidos na produção de outros produtos.

Outro método de calcular o PIB é através da soma do VAB – Valor Acrescentado Bruto – de cada produto. Para cada produto, considere-se os seus lucros e o custo de compra da matéria prima. O VAB é igual aos lucros, subtraindo o custo da matéria prima.

VAB = Lucros – Consumos Intermédios

Se ao PIB adicionarmos os rendimentos transferidos para o nosso país de factores de produção que os residentes possuem no estrangeiro e subtrairmos os rendimentos transferidos para outro país pelos não residentes (factores de produção) obtemos o PNB.

PNB = PIB + rendimentos transferidos para o país de factores de produção – rendimentos para outro país

Amortizações – quantificação do montante de capital que foi usado num ano (máquinas, fábricas e edifícios).

PIL (Produto Interno Líquido) = PIB – amortizações
PNL (Produto Nacional Líquido) = PNB – amortizações

Os produtos nacionais e internos, tanto líquidos como brutos, podem ser valorizados a custo de factores (cf) ou a preços de mercado (pm). O custo de factores inclui apenas a remuneração dos factores de produção. O produto a preços de mercado é igual produto a custo de factores acrescido dos impostos indirectos e diminuindo os subsídios.

PIBcf = somatório(VAB de cada produto)

O PIB, tal como as outras grandezas macroeconómicas, pode ser valorizado a preços correntes ou a preços constantes. O PIB é valorizado a preços correntes (PIB nominal) quando os bens e serviços produzidos em cada ano são valorizados a preços desse ano; é valorizado a preços constantes (PIB real) quando os bens e serviços produzidos nos diferentes anos são valorizados a preços de um mesmo ano.

Deflator do PIB

Deflator do PIB = PIBpcorr / PIBpconst

A variação anual do deflator é uma das medidas da inflação.

Despesa

A Despesa Interna (DI) é a despesa feita em bens e serviços finais produzidos internamente, tais como:
- Procura Interna
o Consumo Privado ( C )
o Consumo Público ( G ) pelo governo em educação, policiamento, etc.
o Investimento ( I )
- Procura Externa
o Exportações (Ex)

Como parte desta procura é satisfeita por importações ( Im ), tem-se que:

DI = C + G + I + Ex – Im = PIBpm

Rendimento

O VAB é valorizado a custo de factores pois os impostos indirectos e subsídios apenas afectam aquilo que o utilizador final paga e não o que o produtor recebe.

Do VAB uma parte é para salários, juros, rendas e lucro, logo:

PILcf = VAB – Amortizações

Rendimento disponível (particulares), Yd, é a parte do rendimento de que as famílias efectivamente dispõem:

Yd = PNLcf – lucros não distribuídos – T + TR + RE

T – impostos directos e contribuições para segurança social
TR – transferências recebidas do estado (pensões de reforma, abonos de família, etc.)
RE – Remessas de emigrantes, ou transferências líquidas recebidas do exterior

Balança Comercial

Balança Comercial (NX) = Ex – Im

Balança de Transações Correntes

Balança de Transacções Correntes (BTC) = Ex – Im + Rec

Rec = Recebimentos

Projecto: conjunto de actividades e tarefas específicas, não repetitivas, sequencialmente independentes, com determinado objectivo, para ser atingido dentro de determinadas especificações.
- Tempo de realização limitado (Datas de início e fim especificadas)
- Recursos limitados (trabalhadores, equipamentos)
- Financiamento limitado

As diferentes fases de um empreendimento

- Fase de preparação
o Identificação do projecto
o Selecção preliminar e definição do projecto
o Formulação do projecto
o Avaliação do projecto e decisão
- Fase de implementação
o Definição do projecto
o Proposta, negociação e contratação
o Planeamento do projecto
o Implementação do projecto
o Controle do projecto
- Fase de funcionamento
o Conclusão do projecto e início da actividade operativa

Critérios de gestão de um projecto: Qualidade, Custo e Tempo

Processo de gestão de projectos
- Organização específica != Estrutura organizativa da empresa
- Sistema contabilístico de apuramento de resultados globais de projecto

A função de gestão de projecto
- Coordenação das tarefas de planeamento, de implementação e de controle
- Optimização da distribuição de recursos às diferentes actividades do projecto
- Adaptação da estratégia e da estrutura organizacional à especificidade do projecto

Etapas de gestão de projectos
- Inicio do projecto
- Definição do sistema organizativo a adoptar pelo projecto
o Definição da forma organizativa a adoptar
o Delegação do gestor de projecto
o Constituição da equipa de projecto
o Definição da equipa de apoio ao projecto
- Desenvolvimento de uma estratégia de gestão de projectos
o Fixação do objectivo a atingir
o Listagem das tarefas de realização das actividades
o Definição do processo de realização das actividades
o Definição da sequência de tarefas e acontecimentos
o Atribuição de responsabilidades
o Estimação da duração das tarefas
- Planeamento da estrutura operacional do projecto
o O método Pert/Cpm
o A gestão do tempo
o A gestão dos recursos
o A gestão dos custos
- O controle da execução do projecto
o Definição do sistema de informação a adoptar pelo projecto (contabilidade e documentos)
o Comparação da execução física/financeira com a planeada
o Implementação de medidas de correcção dos desvios físicos/financeiros
- Conclusão e análise do sucesso do projecto

O sucesso na gestão de projectos
- Dentro do tempo disponível para a sua realização
- Dentro do orçamento previsto
- Dentro do nível de qualidade estabelecido
- Quando é aceite pelo cliente/utilizador
- Quando se verifica alterações mínimas aos objectivos preestabelecidos
- Quando se perturba ao mínimo a actividade principal da organização
- Quando não se altera a cultura organizacional da empresa

As principais falhas do cliente
- Não especificar devidamente os seus desejos ou necessidades ou mudá-los ao longo do projecto
- Não fornecer aos técnicos todos os dados do problema ou todas as especificações do projecto
- Utilizar o chefe de projecto como bode expiatório para iludir as próprias responsabilidades
- Tentar obter serviços ou prestações gratuitas
- Não acompanhar suficientemente de perto o desenrolar da acção
- Assustar-se ao aprofundar os problemas e tentar parar ou modificar o projecto em marcha
- Querer transferir os seus problemas ou as suas próprias decisões para o chefe de projecto
- Não definir correctamente quem é o verdadeiro cliente ou o seu representante autorizado
- Querer tomar decisões a um nível que não corresponde à importância das mesmas

As principais falhas do chefe de projecto
- Não compreender bem o problema do cliente ou adaptá-lo aos próprios gostos e conhecimentos
- Comprometer-se a alcançar objectivos irrealizáveis ou superiores às próprias capacidades
- Não ter os objectivos do projecto bem claros antes de começar
- Não identificar claramente o verdadeiro cliente
- Aceitar tratar de problemas importantes com um interlocutor de nível ou capacidade insuficientes
- Não formalizar convenientemente os objectivos e os acordos feitos com o cliente
- Aceitar, durante o curso do projecto, a alteração dos objectivos sem um processo formal de modificação dos limites
- Não planificar adequadamente a operação
- Não dominar convenientemente o tempo de dedicação e o consumo de recursos

Método Pert (Program Evaluation and Review Techique)

O elemento base – A actividade
- Representar o encadeamento das actividades
- As suas ligações de dependência
- Identificar as datas das actividades que são críticas e que podem impedir o seu início

Construção da rede Pert
- Colocar as actividades umas a seguir às outras
- Começar pelo fim (Última actividade) mas não é necessário

A fim de, com auxílio dos conhecimentos estatísticos, se poder transformar estas três estimativas de tempo numa única grandeza (tempo médio) é necessário optar por um tipo de distribuição.

Para o caso das actividades usuais num programa PERT é vulgar admitir que a distribuição dos tempos de ocorrência das actividades se faz de acordo com a lei Beta.

Recorde-se que a frequência de ocorrência de um fenómeno que segue a lei beta tem uma representação do seguinte tipo:

Em que:
- a – tempo optimista estimado para completar a actividade
- b – tempo que se pensa não ser em qualquer hipótese necessário ultrapassar para completar a actividade (tempo pessimista)
- m – tempo de duração provável da actividade

De acordo com a lei beta, o tempo médio de duração da actividade será obtido através da expressão:

Tij = (a+4m+b) / 6

O grau de incerteza é determinado numericamente pelo desvio padrão ou pela variância que, no caso da lei beta é obtido através da expressão:

Sigmaij = (b-a) / 6
Recorde-se que a variância é:

Sigmaij^2 = ((b-a)/6)^2

Probabilidade de um projecto acabar em X tempo -> P(Z)

Z = X-M / sigma
X, tempo pretendido
M, duração média
Sigma, variância

Para Z negativo, P(Z) = 1 – P(Z)

Análise Financeira

Balanço: regista o que uma pessoa, empresa, nação vale num determinado momento do tempo.

Activo: bens ou direitos com valor na posse da empresa

Passivo: dinheiro em dívida ou obrigações da empresa

Capital Próprio: situação liquida (capital social, reservas, etc)

Activo = Passivo + Capital Próprio

Capital Próprio = Activo – Passivo

Convenções Contabilisticas

- Quase todas as contas: são medidas pelos seus valores de transação ou custos históricos
o Equipamentos, Edifícios: entram no balanço pelo preço de compra
- Activo corrente: disponibilidades tais como:
o Existências (Stocks)
o Disponível (Moedas, Notas)
o Contas Bancárias
o Acções
Conversíveis em numerário dentro de um ano
- Activo Fixo: Equipamento, Edifícios
- Passivo
o Contas a pagar/empréstimos: valores devidos a terceiros em resultado da compra de bens ou da obtenção de dinheiro emprestado
o Obrigações emitidas: dívidas de longo prazo que circulam no mercado
o Capital próprio: capital pertencente aos sócios
- Amortização
o Montante total de amortização + valor residual = custo histórico (preço de compra)
o A amortização entra na contabilização dos custos anuais (mesmo que nenhum dinheiro saia da empresa)
o Exemplo:
equipamento amortizado de acordo com um período de vida de 10 anos: $150.000 -> $15.000/ano
edifício amortizado de acordo com um período de vida de 20 anos: $100.000 -> $5.000/ano
Total: $20.000/ano de amortizações

Da análise ao património de uma empresa resultam as seguintes considerações:
- estamos perante um registo de todos os elementos patrimoniais da empresa
- ...

...

À igualdade anterior chama-se Balanço. Em qualquer dos casos apresentados, o Balanço dá-nos a ideia de equilíbrio entre três grandezas – o Activo, o Passivo e o Capital Próprio.

O conceito de Balanço apresentado, reduzido a uma expressão matemática representativa de uma comparação entre o Activo e o Passivo, evidencia o respectivo Capital Próprio.

O Balanço também se pode identificar pelo documento ou mapa em que se expressa a comparação anterior, ou seja, é o quadro resumido do inventário, contento, sem pormenorizar, os valores que a empresa possui, as dívidas da empresa, e ainda evidencia o valor do património.

Balanço

Activo Fixo
Imobilizações Incorpóreas
Amortizações Acumuladas
Total das Imobilizações Incorpóreas

Imobilizações Corpóreas
Amortizações Acumuladas
Total Imobilizações Corpóreas

Investimentos Financeiros
Amortizações Acumuladas
Total dos Investimentos Financeiros A
-B
C = A-B

D
-E
F = D-E

G
-H
I = G-H
Imobilizado Total Bruto
Amortizações Acumuladas Totais
Activo Fixo Líquido J = A+D+G
K = -(B+E+H)
L = J-K+T

Activo Circulante e Total do Activo
Existências
Matérias e Mercadorias
Provisões p/ matérias e mercadorias
Produtos
Provisões produtos
Existências totais líquidas

Dívidas de terceiros a m/longo prazo
Provisões
Total de dívidas líquidas de terceiros m.l.p.

Dívidas de terceiros a c. Prazo
Clientes
Adiant. a forn. e por c/ compras
Estado e outros entes públicos
Outros devedores
Provisões
Total dívidas liq. terc. a c. prazo

Acréscimos e diferimentos
Títulos negociáveis
Provisões
Títulos negociáveis líquidos

Disponibilidades
M
N
O
P
Q = M + N + O + P

R
-S
T = R - S


U
V
W
X
-Y
Z = U + V + W + X - Y

A1
B1
-C1
D1 = B1 - C1

E1
Activo Circulante Líquido Total
Activo Total Líquido F1 = Q + T + Z + A1 + D1 + E1
G1 = F1 + L

Capital Próprio e Passivo
Capital Próprio
Capital Social
Reserva de reavaliação
Reservas diversas
Resultados transitados
Resultado líquido
Total capitais próprios

Provisões p/ riscos e encargos

Dívidas a terceiros a m/l prazo

Dívidas a terceiros a curto prazo
Débitos de financiamento
Fornecedores c/c
Adiant. de clientes e por c/vendas
E. o. e. públicos (TSU+IRS+IVA)
Estado e outros entes públicos (IRC)
Outros credores
Distribuição de resultados

Acréscimos e diferimentos

Total das dívidas a curto prazo
H1
I1
J1
K1
L1
M1 = H1 + I1 + J1 + K1 + L1

N1

O1


P1
Q1
R1
S1
T1
U1
V1

W1

X1 = P1 + Q1 + R1 + S1 + T1 + U1 + V1
Total de dívidas a terceiros
Capitais próprios + Passivo Y1 = X1 + W1 + O1 + N1
Z1 = Y1 + M1

A importância da análise financeira nas empresas

- Decisões financeiras: as empresas para desenvolverem o seu negócio necessitam de uma variedade enorme de activos
o Tangíveis: equipamentos, fábricas, escritórios
o Intangíveis: competências técnicas, marcas registadas, patentes
- Para obter o dinheiro necessário, a empresa vende “papel” denominado de activo financeiro
o Acções
o Obrigações
o Empréstimos Bancários
o Obrigações leasing
o Etc
- O director financeiro actua como um intermediário entre as operações na empresa e o mercado de capitais, onde são transaccionados os activos financeiros da empresa

A figura 1 retrata o fluxo de dinheiro dos investidores para a empresa e novamente para os investidores
- A empresa emitiu papel para obter dinheiro para investir em activos
- Se as coisas correrem bem, então o investimento gera um fluxo de dinheiro superior ao investimento inicial
- O dinheiro ou é reinvestido ou beneficia os investidores

O director financeiro e os dois problemas básicos da empresa
1) Quanto deverá a firma investir? E em que tipo de activos?
2) Como angariar o capital necessário ao investimento?

A resposta a 1 encontra-se na chamada decisão de investimento (análise do projecto de investimento) A resposta a 2 é a decisão de financiamento da empresa.

O director financeiro tem como objectivo encontrar as respostas que permitam aos accionistas da empresa obter o maior valor nas acções (maximização do valor da empresa)

Projecto de Investimento
- Fluxos negativos no início (necessidade de fundos para lançar o projecto)
- Fluxos positivos (ganhos decorrentes do projecto)

Fórmula da Capitalização

Dado um valor actual S0, se este for capitalizado a uma taxa I, quanto valerá daqui a N anos?

SN = S0 * (1+I)^N

Fórmula da Actualização

Dado um valor SN, disponível daqui a N anos, quanto vale actualmente, a uma taxa I?

S0 = SN / (1+I)^N

As componentes da taxa de actualização
- O tempo
- A inflação
- O risco

O tempo
Os capitais colocados ou investidos não estarão disponíveis para consumo imediato. O investir será assim remunerado pelo aluguer do seu dinheiro -> taxa de juro real remunera o tempo e a privação de disponibilidades que ele implica

A inflação

A taxa de juro do produto financeiro remunera a ausência relativa de protecção contra a inflação.

O risco

- Certificados de Aforro
o Não existe dúvidas quanto à taxa de juro, será respeitada
o Não existe dúvidas quanto à recuperação dos capitais no fim do investimento
- Acções
- Fundos mobiliários

Valor Actual Líquido (VAL) de um projecto de investimento

Definição: representa a contribuição do projecto ao valor da empresa, ou seja o aumento (ou a diminuição) de valor que resultaria da realização do projecto

VAL => Critério de Escolha de Investimento
- Aceitação
- Rejeição
- Classificação (no caso de projectos múltiplos)

VAL = soma algébrica dos fluxos relativos ao projecto de investimento exprimidos em valores de hoje (actuais)
- Fluxos negativos: iniciais ou/e durante o projecto em anos diferentes
- Fluxos positivos: ganhos (receitas - despesas) oriundos do projecto
- Ano Zero: A data inicial do projecto que corresponde ao momento em que os fundos são investidos

VAL = F0 + Sum(t=1, N) Ft / (1+I)^t

Supondo VAL = $A, significa que o projecto cria um ganho superior em $A do que aquele que resultaria da colocação dos investimentos a render à taxa I.

Se:
- VAL negativo: projecto menos interessante que a oportunidade de pôr o dinheiro a render à taxa de juro I
- VAL = 0: projecto é equivalente a pôr o dinheiro a render à taxa de juro I
- VAL positivo: projecto mais interessante

O critério da Taxa Interna de Rentabilidade (TIR)

Definição: A TIR de um projecto de investimento é a taxa de actualização I que torna o VAL = 0 desse projecto
TIR = I para VAL = 0

No VAL a taxa I é fixada para se calcular o VAL dos fluxos. Na TIR fixa-se o VAL a zero para se deduzir a taxa de actualização correspondente.
Sendo o TIR = X, isso significa que colocar o dinheiro a render a essa taxa ou iniciar o projecto é equivalente. Se X > I, então mais vale iniciar o projecto. Se X < I, então colocar o dinheiro a render é mais proveitoso.

Regras de Decisão: O projecto é aceite se a TIR é superior à taxa de rentabilidade dos investimentos financeiros com um risco similar.

Pay-back

Definição: Pay-back corresponde ao número de anos que é necessário esperar para reaver o dinheiro investido.

Excedente Bruto de Exploração (EBE)

Receitas – Despesas (encargos)

Necessidade de Fundo de Maneio (NFM)

Dividas Clientes + Stocks – Dividas Fornecedores

Fluxos inerentes à exploração do projecto
NOÇÕES ESSENCIAIS DE ECONOMIA

Micro economia

A micro economia apresenta a análise de um determinado produto ou sector ou sector económico.

Macro economia

A macro economia, em evidencia neste estudo, representa a análise global de uma determinada economia.

PIB

O PIB – Produto Interno Bruto - representa o resultado produtivo dos agentes económicos situados num determinado país. Veja-se, contudo, que as meras transferências não são contabilizadas em termos de PIB, na medida em que este apenas representa o valor acrescentado no processo produtivo.

PNB

Já o PNB – Produto Nacional Bruto – representa o resultado produtivo dos agentes económicos de bandeira nacional, situados no próprio país ou no estrangeiro. Também aqui há lugar apenas à contabilização do valor acrescentado no processo produtivo.

Produto potencial

O produto potencial revela a tendência de longo prazo do produto real. Representa a capacidade produtiva de longo prazo da economia ou a quantidade máxima que a economia pode produzir mantendo simultaneamente os preços estáveis. Refira-se a este propósito que os ciclos económicos ocorrem quando o produto se distância do seu potencial.

Política monetária

A política monetária revela os objectivos do Banco Central ao exercer o seu controlo sobre a moeda, taxas de juro e condições de crédito. Os instrumentos da política monetária são, essencialmente, as operações de tomada e cedência de liquidez, a fixação de reservas obrigatórias e a taxa de desconto.

Inflação

A inflação representa a subida de preços de um determinado cabaz de bens e serviços, que se consideram representativos das despesas essenciais da sociedade. Veja-se, contudo, que, para efeitos da análise da inflação, é equacionado apenas o total dos preços do cabaz e não as variações individuais dos produtos.

Deflação

Já a deflação, e com o mesmo método de análise, representa a descida do índice de preços do mesmo cabaz de bens e serviços.

Desemprego

Entende-se por desemprego a população activa que está desempregada. Já a taxa de desemprego é a percentagem da população activa que está desempregada. Na população activa incluem-se todos os empregados e desempregados que estão à procura de emprego.

Investimento

A noção económica de investimento passa pela aquisição de bens ou estruturas que potenciem o aumento produtivo. Ou seja, está sempre em causa o aumento da capacidade produtiva. A outro nível, a poupança está para o âmbito da gestão da vida pessoal, como o investimento está para as empresas.

Lucro líquido

O lucro líquido é a receita subtraída dos custos de produção, nomeadamente custos produtivos, taxas de juro e impostos. Quando o lucro líquido é positivo o investimento é rentável.

Bem público

Um bem cujos benefícios são usufruídos por toda a comunidade de modo indivisível e independentemente da vontade de um determinado individuo desejar ou não consumir esse bem.


CAPÍTULO 2 – DETERMINANTES DO CONSUMO

O consumo é equacionado pela relação rendimento, consumo, poupança, sendo que o rendimento, por seu lado, é o principal determinante do consumo e da poupança. A esta regra juntem-se algumas noções de enquadramento: o rendimento é igual ao somatório dos salários, juros, rendas, dividendos e transferências do estado. Já o rendimento disponível é igual ao rendimento menos os impostos.
A poupança, por seu lado, é a parte do rendimento disponível que não é consumida. Já a taxa de poupança pessoal representa a percentagem de poupança face ao rendimento disponível.

Leis de Engel

A este nível veja-se as leis de Engel, as quais tem como objectivo estudar o comportamento dos consumidores e a sua relação com a poupança. É facilmente compreensível que o consumo das famílias é a despesa em bens e serviços finais comprados para satisfação adquirida ou das necessidades originadas pelo uso. A poupança das famílias, por outro lado, é a parte do rendimento que não foi dispendida em consumo.
Não existem duas famílias que disponham o seu rendimento da mesma maneira. Todavia, é possível observar, mediante estudos nesse sentido, que existem regularidades na forma como as pessoas repartem o seu rendimento.
As famílias pobres têm que gastar grande parte dos seus rendimentos nos bens de primeira necessidade. Já com o crescimento do rendimento aumenta a despesa noutro tipo de alimentos e alarga-se o cabaz de consumo.
Existem, no entanto, limites para a proporção de despesa adicional, quando aumenta o seu rendimento. A proporção de despesa destinada à alimentação, por exemplo, diminui com o aumento do rendimento. Já a despesa em bens de luxo aumenta em maior proporção do que o rendimento.

Componentes do consumo

São componentes do consumo os bens duráveis (como os automóveis ou os equipamentos domésticos), os bens não duráveis (como a alimentação, vestuário ou a energia) e os serviços (como os transportes e cuidados de saúde).

Função consumo

A função consumo vem, então, relacionar consumo e o rendimento disponível, afirmando que o consumo aumenta com o aumento do rendimento disponível. Tal explica-se facilmente com um olhar empírico para a sociedade. As famílias mais pobres são obrigadas a gastar praticamente todo o seu rendimento em bens de primeira necessidade. Na medida em que o rendimento aumenta, aumentam também as ambições de consumo – tendencialmente consome-se mais e melhor e para além dos bens de primeira necessidade. Esta situação verifica-se até um determinado nível de rendimento, a partir do qual há lugar há uma estabilização do consumo.
Esta análise confirma o que empiricamente a sociedade já sabe. Ou seja, que há uma relação estreita entre rendimento, consumo e poupança, sendo que a poupança é a parte do rendimento disponível que não é consumida.
No âmbito da sua representação gráfica, veja-se que qualquer ponto da bissectriz representa uma igualdade entre rendimento disponível e consumo. Ou seja, a poupança é nula na medida em que todo o rendimento disponível é consumido.
Quando a função consumo está acima da bissectriz a poupança é negativa, pelo que o sujeito está endividado, gastando acima das suas possibilidades; por outro lado, quando a função consumo está abaixo da bissectriz a poupança é positiva. Nesta medida, o sujeito está em poupança a partir do ponto em que a função consumo cruza a bissectriz.
Veja-se igualmente que a curva do consumo não nasce no zero, pois ninguém pode existir sem um consumo mínimo.

Propensão marginal para o consumo

A propensão marginal para o consumo indica-nos a variação no consumo em resposta a uma variação no rendimento disponível. Diz-se marginal na medida em que se analisa o impacto do acréscimo de uma unidade da variável rendimento sobre a variável consumo.

Função poupança

Veja-se, agora a função poupança, a qual, graficamente, nasce antes do zero. A razão é simples: para determinados níveis de rendimento não é possível qualquer poupança.
Esta noção tem como objectivo aprofundar a anterior, embora seja simétrica, na medida em que o que se poupa é igual ao que não se consome. De igual modo pudemos também dizer que a poupança aumenta com o aumento do rendimento disponível.

Propensão marginal para a poupança

De igual modo, a propensão marginal para a poupança identifica a parcela destinada à poupança por cada unidade adicional de rendimento.

Declínio da poupança

Veja-se que a formação de capital de um país é determinada pela sua taxa de poupança. Ou seja, quando um país poupa está a aumentar o seu capital disponível. Já quando a taxa de poupança é reduzida, diminui o capital o que potencia a degradação das estruturas produtivas. Fica, assim, clara a intima relação entre a poupança, o investimento e o crescimento económico.
Entre as razões apontadas para o declínio da poupança, que é uma realidade na sociedade de hoje, aponte-se desde logo o facto de uma parte crescente da população viver acima das suas reais possibilidades, num permanente recurso ao crédito, cada vez mais simplificado.
Todavia, outras causas são igualmente suportes desta realidade. Para já a essência da segurança social, na medida em que o sistema garante uma reforma a quem abandona a vida activa, depois de concluído o seu período de descontos, facto que poderá motivar menos preocupações quanto à poupança
Os mercados de capital, como já referido, são outra forte explicação. O recurso ao crédito está hoje em dia perfeitamente generalizado e acessível a todos.
Outras razões como a fraca rentabilidade dos capitais poupados, os impostos associados à poupança e mesmo o envelhecimento da população são igualmente apontadas.


CAPÍTULO 2 – DETERMINANTES DO INVESTIMENTO

Em macroeconomia, o investimento, a segunda maior componente da despesa privada depois do consumo, distingue-se do investimento económico, na medida em que a este correspondem apenas transacções financeiras: como seja a aquisição de um terreno, acções ou certificados de aforro. Já à noção económica de investimento está associada a criação de capital real.
Ou seja, o investimento, que para efeitos deste estudo se identifica como o investimento privado bruto – a componente de investimento do PIB – reporta-se à aquisição de equipamentos, ou matérias primas destinados a aumentar a capacidade produtiva de uma determinada estrutura.

Determinantes do investimento

O investimento é, assim, uma das principais componentes do PIB, tendo como objectivo permitir à empresa mais receitas, na medida em a tenta ajudar a vender mais.
As determinantes do investimento são, desde logo, o aumento das receitas através do aumento das vendas. Um investimento permitirá à empresa dispor de mais receitas, na medida em que tem como objectivo promover mais vendas.
Os custos, nomeadamente das taxas de juro, são outro dos factores que determinam o investimento. O capital é um recurso indispensável ao investimento e quando a empresa não o tem ou não queira despender este terá que ser garantido através da forma de empréstimo, o qual à pago mediante um taxa de juro.
Veja-se, contudo, que para além da taxa de juro têm que se considerar, igualmente como custo de investimento, os impostos em vigor naquele momento.
Finalmente, são igualmente determinantes do investimento as expectativas e o índice de confiança empresarial. Na medida em que o investimento é, essencialmente, uma aposta de futuro (curo, médio ou longo prazo) as expectativas sociais e políticas são determinantes para a decisão de investir.

Curva da procura do investimento

A curva da procura do investimento mede a mede a rentabilidade do investimento face à taxa de juro. Nesta medida vamos encontrar uma curva em escada que revela que quanto mais alta é a taxa de juro menor será o investimento. Ou seja, quanto mais caro é o capital, menor será o volume de investimento.

Influências sobre o investimento

São muitos variadas as influências que podem exercer pressão sobre o investimento, nomeadamente as variações de produto, impostos, e confiança. Graficamente, todas estas influências são representadas por variações (para cima ou para baixo) da função investimento, a qual relaciona as taxas de juro com o valor investido.
No caso do aumento do produto verifica-se que para o mesmo nível da taxa de juro o nível de investimento é maior. Ou seja, há um impacto positivo no investimento quando se regista o aumento do produto, o qual, graficamente, dá lugar à deslocação para positiva da função investimento.
O processo de análise é idêntico para as demais variáveis apresentadas. Veja-se, todavia, que estamos sempre perante deslocações da curva, uma vez que só a variação da taxa de juro (nesta análise) iria implicar um deslocação na própria curva.


CAPÍTULO 3 – A DESPESA PÚBLICA

A intervenção do governo na economia

O papel económico do estado, desempenhou, ao longo do séc. XX, um papel crescente. Numa economia de mercado, o estado tem a possibilidade de influenciar e controlar a actividade económica privada através de impostos, despesas e mesmo da regulação directa de alguns dos sectores.
A outro nível, veja-se também as funções económicas do estado social. O estado tem a capacidade de solucionar as falhas de mercado, fornecendo serviços básicos que o mercado não pode assegurar; redistribui o rendimento e a riqueza, através da segurança social; determinando, ainda, políticas macro económicas de estabilização e crescimento.

Despesa pública

A despesa pública engloba as despesas suportadas pelo estado relacionadas com compras de bens, salários dos funcionários públicos, segurança social e outras transferências e, ainda, juros da dívida pública.
Para garantir os seus recursos financeiros o estado dispõe dos impostos e de receitas extraordinárias, como seja a vende de património ou a privatização de empresas publicas.


CAPÍTULO 4 – MULTIPLICADOR KEYNESIANO

O modelo multiplicador é uma teoria macro económica que explica o forma como o produto é determinado no curto prazo pela despesa total. Diz-nos a teoria que cada variação de uma unidade monetária na despesa, constituída por consumo, investimento e despesa do estado, leva a uma variação superior no produto.
São, todavia, pressupostos deste modelo que os preços e salários sejam fixos no curto prazo. Mais, todos os ajustamentos ou políticas económicas ocorrem através das componentes do produto – consumo (rendimento – impostos), investimento (determinado pelas taxas de juro) e a despesa do estado.


CAPÍTULO 5 – A ANÁLISE DO PRODUTO

Opções de análise do produto

A análise do produto pode efectuar-se através de três perspectivas, as quais se discriminam para estudos até quatro sectores (famílias, empresas, estado e resto do mundo):

Produto (geração da riqueza de um país num ano)
Análise através do método dos valores acrescentados
Análise através do método dos valores finais (bens finais)

Rendimento (soma-se o valor acrescentado por sector – óptica da repartição)
W + J + R + L + WP + RLE
Trabalho + Juros + Rendimento + Lucro + Trabalho Público + Rendimento Líquido do Exterior
Esta análise dá-nos PNLcf (produto nacional líquido a custo de factores)

Despesa (a despesa dos agentes no mercado - óptica da utilização)
C + I + G + (X – M) + RLE
Consumo Privado, ou seja o consumo total da famílias + Investimento Privado das Empresas + Despesa do Estado em Bens e Serviços e vencimentos dos funcionários públicos) + (Exportações– Importações) + Rendimento Líquido do Exterior)
Esta análise dá-nos o PNBpm (produto nacional bruto a preços de mercado)

Igualdades fundamentais da economia nacional

DN = PNBpm
Despesa Nacional = Produto Nacional Bruto a preço de mercado

RN = PNLcf
Rendimento Nacional = Produto Nacional Líquido a custo de factores

PNLcf = PNBpm + A + Z + TI
Produto Nacional Líquido a custo de factores = Produto Nacional Bruto a preços de mercado + Amortizações + Subsídios às empresas + Impostos indirectos

PNLpm = PNBcf – A + TI – Z
Produto Nacional Líquido a preço de mercado = Produto Nacional Bruto a custo factores – Amortizações + Impostos Indirectos – Subsídios

PNB = PIB + RLE
Produto Nacional Bruto = Produto Interno Bruto + Rendimento Líquido com Exterior

PNBpm = PNLpm + A
Produto Nacional Bruto a preço de Mercado = Produto Nacional Liquido a preço de mercado + Amortizações

PNBpm = PNBcf + TI – Z
Produto Nacional Bruto a preços de mercado = Produto Nacional Bruto a custo de factores + Impostos indirectos – Subsídios às empresas

PILcf = PNBpm – RLE – A – TI + Z
Produto Interno Líquido a custo de factores = Produto Nacional Bruto a preço de mercado – Relações Liquidas com o Exterior – Amortizações – Impostos Indirectos + Subsídios

PIL = PIB – A
Produto Interno Liquido = Produto Interno Bruto - Amortizações

OG = PG
Oferta Global = Procura Global

PG = P Int + P Ext
Procura Global = Procura Interna + Procura Externa

PG = C + I + G + X
Procura Global = Consumo Privado + Investimento + Consumo Público + Exportações

PI = C + I + G
Procura Interna = Consumo Privado + Investimento + Consumo Público

OG = OI + OE
Oferta Global = Oferta Interna + Oferta Externa

OG = PIBpm + M
Oferta Global = Produto Interno Bruto a preço de mercado + Importações

Regras básicas

Para transformar liquido em bruto soma-se as amortizações

Para transformar custo de factores em preço de mercado somam-se os impostos e subtraem-se os subsídios

Questão 9
Calculemos o PIB que é valorizado a preços de aquisição.
O valor acrescentado está avaliado a preços base e sabemos que o PIB é avaliado a preços de aquisição porque as componentes da despesa estão avaliadas a preços de aquisição, devemos então somar ao PIB os impostos menos os subsídios aos produtos.
PIB = VAB mais impostos –subsídios aos produtos
PIB = 984450-10000 = 974450

Questão 10

Calculemos o PIB que é valorizado a preços de aquisição:
PIB a preços de aquisição = Remunerações + Excedente Bruto de Exploração + Impostos - Subsídios à Produção e à Importação
Como o PIB é avaliado a preços de aquisição, é necessário somar todos os impostos que não estão contabilizados nas remunerações e no excedente bruto de exploração e que são componentes do preço de aquisiçao, que são todos os impostos à produção e à importação. Devemos também subtrair os subsídios à produção e à importação.

PIBa preços de aquisição=38563+32162+10102=80827

Calculemos os rendimentos primários líquidos pagos ao Resto do Mundo (RM), como é uma grandeza líquida, resulta de uma diferença; neste caso é a diferença entre os rendimentos primários pagos ao RM e os Rendimentos primários recebidos do RM.

Rendimentos primários líquidos pagos ao RM = Rendimentos primários pagos ao RM - Rendimentos primários recebidos do RM

Por outro lado, os rendimentos primários recebidos e pagos ao RM distinguem o PIB do PNB ou Rendimento Nacional (RN):

RN = PNB = PIB - Rendimentos primários pagos ao RM +Rendimentos primários recebidos do RM

Ou ainda, resolvendo a equação em ordem aos Rendimentos líquidos pagos ao Resto do Mundo:

Rendimentos primários pagos ao RM - Rendimentos primários recebidos do RM= PIB-PNP
Rendimentos primários líquidos pagos ao RM = PIB-PNP
Rendimentos primários líquidos pagos ao RM = 80827-80479
Rendimentos primários líquidos pagos ao RM =348


Questão 11

11.1 Cálculo do PIB para o período 1995-2001 segundo as ópticas do produto, da despesa e do rendimento

Cálculo do PIB para o periodo de 1995-2001 segundo as ópticas do produto, da despesa e do rendimento.

Cálculo do PIB pela óptica do produto
O PIB é o valor da produção realizada no território económico de dado país durante um ano. Com são as empresas as responsáveis pelas operações de produção numa economia é lógico que os dados utilizados para calcular o PIB tenham por base a produção das empresas de um país. Se o cálculo do PIB se basear nos valores da produção das empresas diz-se que está a ser calculado pela óptica do produto:

produto = soma dos valores acrescentados das empresas da economia

Mas o PIB está valorizado a preços de aquisição, a preços que incluem os impostos sobre os produtos e excluem os subsídios sobre produtos, é preciso ter em atenção se os valores acrescentados têm estes em atenção para se estabelecer a relação entre o PIB e os valores acrescentados.
Os valores acrescentados estão avaliados a preços base, por isso é preciso somar os impostos e diminuir os subsídios sobre os produtos:

PIB = valor acrescentado + impostos sobre produtos- subsídios aos produtos

Cálculo do produto pela óptica do produto 1995 1996 1997 1998(P) 1999(P) 2000(P) 2001(P)
+ valor acrescentado a preços base 70292 74844 80791 87158 92813 99798 106169
+ impostos líquidos de subsídios sobre os produtos 10535 11386 12223 13804 15217 15956 16548
= PIB a preços de aquisição 80827 86230 93014 100962 108030 115546 122978
discrepância estatística -209 261

Vamos agora calcular o PIB pela óptica da despesa. Tenhamos em conta que as componentes da despesa, intermédia ou final estão valorizadas a preços de aquisição. O PIB está valorizado a preços a de aquisição.

Cálculo do produto pela óptica da despesa 1995 1996 1997 1998(P) 1999(P) 2000(P) 2001(P)
+consumo final 66225 70997 75838 81900 88648 94812 100374
+formação bruta de capital 19623 20907 24376 27975 30585 33703 34578
+exportações de bens e serviços 24433 25731 28291 31136 32089 36536 38065
- importações de bens e serviços 29454 31405 35491 40049 43292 49505 50039
= PIB a preços de aquisição 80827 86230 93014 100962 108030 115546 122978

Tenhamos em conta que a formação bruta de capital é igual à formação bruta de capital fixo mais a variação de existências mais aquisições líquidas de cessões de objectos de valor:

Cálculo da formação bruta de capital 1995 1996 1997 1998(P) 1999(P) 2000(P) 2001(P)
+formação bruta de capital fixo 18457 20123 23772 27126 29462 32656 33497
+variação de existências 1026 638 482 724 974 871 927
+aquisições líquidas de cessões de objectos de valor 140 146 122 125 149 176 154
=formação bruta de capital 19623 20907 24376 27975 30585 33703 34578

Vamos agora calcular o produto pela óptica do rendimento:

Cálculo do produto pela óptica do rendimento 1995 1996 1997 1998(P) 1999(P) 2000(P) 2001(P)
+remunerações 38563 41367 44585 48266 52092 x x
+impostos menos subsídios à produção e importação 10101 10804 11794 13145 14323 x x
+excedente bruto de exploração 32163 34059 36635 39551 41615 x x
=PIB a preços de aquisição 80827 86230 93014 100962 108030 115546 122978

11.2. Cálculo da Despesa Interna (DI) da economia para o período 1996-2001

A despesa interna é a despesa em bens realizada pelos agentes da nossa economia:

Despesa Interna= Consumo Privado+Consumo Público+Investimento

Consumo Final = Consumo Privado+Consumo Público

O investimento é igual à formação bruta de capital


Cálculo da despesa interna 1995 1996 1997 1998(P) 1999(P) 2000(P) 2001(P)
+consumo final 66225 70997 75838 81900 88648 94812 100374
+formação bruta de capital 19623 20907 24376 27975 30585 33703 34578
=Despesa Interna 85848 91904 100214 109875 119233 128515 134952

11.3 Cálculo da Despesa Total (DT) da economia para o período 1996-2001.

A despesa total é a despesa em bens realizada pelos agentes em contacto com a nossa economia:

Despesa Total= Consumo Final+Investimento+Exportações

Cálculo da despesa total 1995 1996 1997 1998(P) 1999(P) 2000(P) 2001(P)
+consumo final 66225 70997 75838 81900 88648 94812 100374
+formação bruta de capital 19623 20907 24376 27975 30585 33703 34578
+exportações de bens e serviços 24433 25731 28291 31136 32089 36536 38065
=Despesa Total 110281 117635 128505 141011 151322 165051 173017

11. Analise o saldo da balança do Exterior para o período 1995-2001
Em primeiro lugar devemos calcular o referido saldo.

Saldo da Balança do Exterior=Exportações –Importações

Saldo da balança do exterior 1995 1996 1997 1998(P) 1999(P) 2000(P) 2001(P)
+exportações de bens e serviços 24433 25731 28291 31136 32089 36536 38065
-importações de bens e serviços 29454 31405 35491 40049 43292 49505 50039
=Saldo da balança do exterior (SBEXT) -5021 -5674 -7200 -8913 -11203 -12969 -11974

A partir do quadro acima, podemos constatar que o saldo é sempre negativo (défice), ou seja a nossa economia importa mais do que exporta no período considerado. Por outro lado, o défice aumenta em todos os anos (1996, 1997, 1998, 1999, 2000) excepto em 2001, em que diminui.
Se quisermos analisar de forma mais rigorosa a evolução do défice, em cada ano, e para o período, devemos calcular as taxas de crescimento simples do défice e a taxa média de crescimento do défice.

Evolução do défice da balança do exterior 1995 1996 1997 1998(P) 1999(P) 2000(P) 2001(P)
=défice da balança do exterior -5021 -5674 -7200 -8913 -11203 -12969 -11974
Taxa de crescimento simples anual do défice da balança do exterior (rSBEXT)* 0.13 0.27 0.24 0.26 0.16 -0.08
Taxa de crescimento média do saldo (rmSBEXT)** 0.16
*, ** apresenta-se a seguir as fórmulas utilizadas para o cálculo das respectivas taxas de crescimento:


A partir do quadro acima, podemos constatar que em 1996 o défice cresceu 13%; no ano seguinte, 1997, o crescimento do défice sofreu uma aceleração, a taxa de crescimento do défice de 1997 foi de 27% tendo aumentado relativamente à taxa do ano anterior. Já no ano de 1998, o crescimento do défice sofreu um ligeiro decrescimento, a taxa de crescimento do défice de 1998 foi de 24% tendo decrescido relativamente à taxa do ano anterior. A taxa de crescimento do défice de 1999 é de 26% tendo aumentado ligeiramente relativamente à taxa do ano anterior o que significa uma ligeira aceleração do crescimento do défice para 1999. Em 2000, houve uma forte desaceleração do crescimento do défice, a taxa de crescimento do défice foi de 16% contra 26% do ano anterior. Em 2001 houve uma inversão do crescimento do défice, a taxa de crescimento do défice é negativa, -8%. Tal significa que houve uma redução do défice neste ano de 2001.

11.5 Analise o grau de abertura da economia no período considerado

Tenhamos em conta a fórmula do grau de abertura : (X+M)/PIB, é a proporção das exportações mais importações no PIB. Se expressarmos o grau de abertura em percentagem a fórmula anterior vem multiplicada por 100.

Para o cálculo do grau de abertura precisamos dos valores das exportações, das importações e do PIB.
unid: 1milhão de euros 1995 1996 1997 1998 1999 2000(P) 2001(P)
(1) +exportações de bens e serviços 24433 25731 28291 31136 32089 36536 38065
(2) +importações de bens e serviços 29454 31405 35491 40049 43292 49505 50039
(3)=(1)+(2) =exportações+importações 53887 57136 63782 71185 75381 86041 88104
(4) PIB a preços de mercado 80827 86230 93014 100962 108030 115546 122978
(5)=(3)/(4) Grau de Abertura 0.67 0.66 0.69 0.71 0.70 0.74 0.72


Da análise da última linha do quadro, podemos concluir que o grau de abertura da nossa economia aumentou no período considerado.

11.6 Determine os rendimentos primários recebidos do RM para idêntico período.
Tenhamos em conta as componentes dos rendimentos primários recebidos do RM:

Rendimentos primários recebidos do RM = remunerações recebidas do RM + impostos sobre a produção e a importação recebidos do RM + subsídios recebidos do RM + rendimentos de propriedade recebidos do RM
unid: 1milhão de euros 1995 1996 1997 1998(P) 1999(P) 2000(P) 2001(P)
+remunerações recebidas do RM 120 115 126 154 147 x x
+impostos sobre a a produção e importações recebidos do RM 0 0 0 0 0 x x
+subsídios recebidos do RM 614 596 545 541 546 x x
+rendimentos de propriedade recebidos do RM 3123 3361 3497 3989 3975 x x
=rendimentos primários recebidos do RM 3857 4072 4168 4684 4668 5898 6497

11.7 Determine os rendimentos primários pagos ao RM para idêntico período

Tenhamos em conta as componentes dos rendimentos primários pagos ao RM:

Rendimentos primários pagos ao RM = remunerações pagas ao RM + impostos sobre a produção e a importação pagos ao RM + subsídios pagos ao RM mais rendimentos de propriedade pagos ao RM
unid: 1milhão de euros 1995 1996 1997 1998(P) 1999(P) 2000(P) 2001(P)
+ remunerações pagas ao RM 64 78 101 84 119 x x
+ impostos sobre a produção e importações pagos ao RM 779 615 691 689 675 x x
+ subsídios pagos ao RM 0 0 0 0 0 x x
+ rendimentos de propriedade pagos ao RM 3362 4093 4707 5424 5559 x x
= rendimentos primários pagos ao RM 4205 4786 5499 6197 6353 8441 9788

11.8 Determine o PNB para idêntico período
O Rendimento Nacional quantifica o produto criado pelas unidades residentes nacionais num determinado período. Para o seu cálculo, devemos somar ao PIB os rendimentos primários recebidos do resto do mundo e subtrair os rendimentos primários pagos ao resto do mundo.
unid: 1milhão de euros 1995 1996 1997 1998(P) 1999(P) 2000(P) 2001(P)
+ PIB 80827 86230 93014 100962 108030 115546 122978
+ rendimentos primários recebidos do RM 3857 4072 4168 4684 4668 5898 6497
+ rendimentos primários pagos ao RM 4205 4786 5499 6197 6353 8441 9788
= Rendimento Nacional 80479 85516 91683 99449 106345 113003 119687